Sonho eterno que não vale acordar
(Tente ler, escutando NICE DREAMS, do album THE BENDS - 1996, do RADIOHEAD. Acho que fica interessante)
Frustrante seria se não tivesse tentado. Mas como ainda não aconteceu, a frustração ronda o ar.
O sono pesado se contrapôs a leve brisa que adentrava a janela do pequeno quarto. No pequeno sofá cama, a cabeça envolta no travesseiro, esparramada num canto pequeno da pseudocama, trazia nesse instante o mais inocente dos prazeres, o sonho. Naquele momento, em algum lugar que não poderia distinguir se era um vasto campo de flores silvestres, um banco de praça na grande metrópole ou muito menos, o visual de uma praia com o sol ao fundo, eu segurava sua mão. De uma maneira tenra e suave. Aquele gesto significava mais que qualquer coisa. No sonho, a cumplicidade era tamanha, que lembro do olhar que você me deu quando nos pegamos de mãos dadas, andando sem direção. Acredito ser o suficiente para colocar na minha cabeça algo positivo e que precisa ser destrinchado.
Foi a partir daí, que melindrosamente comecei a traçar um plano de ação no intuito de te conquistar. Confesso que iria ser extremamente difícil, meio que fora da realidade concisa que o ser humano tende a passar. Com pensamentos idealizados um pouco acima da superfície e gravidade, imaginei me contando essa espécie de delírio que presenciei. Não creio na salvação, mas sim no equilíbrio das histórias com inspiração.
Histórias essas sem sentido que tornam a vida um pouca mais difícil. Difícil, na questão da cumplicidade, na questão do flerte em si, na questão fundamental do olhar entre duas pessoas.
Enquanto verifico ao fundo o telefone que não tocará você, imagino a futura reação do meu convite inusitado na sua cabeça desestrutura e confusa de sentimentos não realizados, privando de encontrar no outro, substancia que te fará acordar melhor, sentir melhor e sorrir melhor. Te dou minha palavra (que petulância!), que algo em si ficará mais leve, os dias serão mais curtos na semana e mais longos no imaginário tenro que projeto para ti.
Se por acaso, estiver errado, pode ter certeza que junto sonhos, fantasias e as mais sinceras palavras numa pequena mala, levanto e sigo meu rumo sem olhar para trás, imaginando por um lado o que errei, mas por outro tendo a certeza que por algum momento te fiz feliz, que por algum instante te tirei o fôlego e por outro tanto o meu olhar para você valia muito mais do que todas as palavras dissertadas acima.
Pronto, posso ir-me.
Frustrante seria se não tivesse tentado. Mas como ainda não aconteceu, a frustração ronda o ar.
O sono pesado se contrapôs a leve brisa que adentrava a janela do pequeno quarto. No pequeno sofá cama, a cabeça envolta no travesseiro, esparramada num canto pequeno da pseudocama, trazia nesse instante o mais inocente dos prazeres, o sonho. Naquele momento, em algum lugar que não poderia distinguir se era um vasto campo de flores silvestres, um banco de praça na grande metrópole ou muito menos, o visual de uma praia com o sol ao fundo, eu segurava sua mão. De uma maneira tenra e suave. Aquele gesto significava mais que qualquer coisa. No sonho, a cumplicidade era tamanha, que lembro do olhar que você me deu quando nos pegamos de mãos dadas, andando sem direção. Acredito ser o suficiente para colocar na minha cabeça algo positivo e que precisa ser destrinchado.
Foi a partir daí, que melindrosamente comecei a traçar um plano de ação no intuito de te conquistar. Confesso que iria ser extremamente difícil, meio que fora da realidade concisa que o ser humano tende a passar. Com pensamentos idealizados um pouco acima da superfície e gravidade, imaginei me contando essa espécie de delírio que presenciei. Não creio na salvação, mas sim no equilíbrio das histórias com inspiração.
Histórias essas sem sentido que tornam a vida um pouca mais difícil. Difícil, na questão da cumplicidade, na questão do flerte em si, na questão fundamental do olhar entre duas pessoas.
Enquanto verifico ao fundo o telefone que não tocará você, imagino a futura reação do meu convite inusitado na sua cabeça desestrutura e confusa de sentimentos não realizados, privando de encontrar no outro, substancia que te fará acordar melhor, sentir melhor e sorrir melhor. Te dou minha palavra (que petulância!), que algo em si ficará mais leve, os dias serão mais curtos na semana e mais longos no imaginário tenro que projeto para ti.
Se por acaso, estiver errado, pode ter certeza que junto sonhos, fantasias e as mais sinceras palavras numa pequena mala, levanto e sigo meu rumo sem olhar para trás, imaginando por um lado o que errei, mas por outro tendo a certeza que por algum momento te fiz feliz, que por algum instante te tirei o fôlego e por outro tanto o meu olhar para você valia muito mais do que todas as palavras dissertadas acima.
Pronto, posso ir-me.
7 Comments:
Oi Bruno,
tô morrendo de vontade de ler o novo conto mas vou esperar até pegar a música que sugere, tenho lá em meu estúdio. Depois faço o comentário
Un beso,
gabriela
Acabei de ler, ouvindo a música.
Simplesmente adorei este conto!!!
Achei muito tenro, escrito com uma sensibilidade pessoal, muito tua
Por alguma razão (ou nenhuma) me fez lembrar de uma poesia que transcrevo a continuação:
“ Suave como el peligro
atravesaste un día
con tu mano imposible
la frágil medianoche
Y tu mano valía mi vida,
y muchas vidas
y tus labios casi mudos
decían lo que era el pensamiento.
Pasé una noche a ti pegado
como a un árbol de vida
Porque eras suave como el peligro,
como el peligro de
vivir de nuevo”
Leopoldo María Panero
parabéns, Bruno!!!
Me encantó!!!!
Um beijo,
Gabriela
Melhor assim; intenso por mais curto que seja. Sincero por mais pavor que possa causar. Muito transparente, muito bom esse.
com ou sem inspiração, talvez a maior conspiração seja o equilíbrio, o desejo e a conquista do equilíbrio.
:o)
bjs, k.
Não preciso nem dizer,seus textos são sempre o máximo...o último parágrafo então...perfeito!Me vi em cada palavra,cada detalhe.Parece que nos encontramos na mesma situação,mas acho que meu muso inspirador não foi capaz de me seduzir de tal maneira.Complicado esse negócio de amor né?!
Enfim,a gente se esbarra por aí ou na laura alvim se eu fizer mesmo o curso
Beijo
P.s:tenho alguns textos prontos aqui,será que posso te passar?
Fiz o que você mandou. Li ouvindo a música. Me emocionei. Muito bonito.
Nossa Bruno,
me emocionei muito...
Fico feliz em entrar aqui e experimentar os mais diversos sentimentos a cada texto seu. É sempre uma surpresa.
Muito bom seu blog.
Bjs,
Jéssica
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