domingo, abril 02, 2006

Um caos chamado Joana

A sapiência diz que devemos olhar para tudo que nos interessa. É dessa forma que enxergo toda vez que vejo Joana andando por aí. De alguma maneira, desde o primeiro momento que a vi, não soube discernir o certo do errado, o alto do baixo, o bem do mal. Toda a vez que a vejo passar, é como uma leve batida numa meia-lua ao fundo, simplesmente acompanhando sua evolução pelos lugares. Confesso que não a vejo muito, mas cada vez, te prometo é uma sensação nova. Você logo imagina, com tanta beleza e inteligência juntas, que nada a suprima. Sua confiança é inabalável e cabe a você, mero mortal, seguir seus passos e suspirar. Não só você, como todos aqueles que você perceber estarão olhando para tudo que lhes interessar. Neste caso Joana.

Mal sabem os tolos, que Joana passa por uns piores momentos de sua breve vida. Ao passar uma imagem de forte e decidida, só transparece aos mais sábios, sua fragilidade e sua inexperiência, com que o mundo tende a lhe dizer. Por estar sempre em segundo plano, observo as coisas de uma maneira mais delicada, menos realista, como se pudesse entender o momento que ela passa. Ao olhar profundo em seus olhos sei que algo a incomoda, mas não ouso perguntar. Não cabe a mim a resposta. Simplesmente a ela mesma. Ela tem que sentir essas coisas, para que aprenda. O certo seria nunca vermos, mas seria utopia de minha parte. Isso a fará ser melhor. Isso a fará bem. Isso elevará seu grau de formosura, conseqüentemente compostura.

Sei que algo vai mal, seu mundo ruiu. No começo pelo impulso, achou que tudo tinha ficado claro. Iludiu-se ao perceber que não era isso que a aguardava. Os dias foram passando e como à cura de um vicio, viu-se dependente. Dependente de alguém, dependente de carinho e amor. Dependente de um resguardo, de um abraço forte quando precisava e de um beijo quando acalentava paixão. Como a fina areia que se escapa entre as mãos, foi se olhar no espelho numa noite de sexta-feira. Estava só. Quem diria que Joana ficaria só. Num breve momento achou-se superior a tudo, com a vida engatilhada, traçando planos para um futuro. Este qual que foi brevemente enterrado até que se descubra uma nova forma de atração.

Mesmo assim, não dá ponto sem nó. Quem a vê não entende sua rigidez, seu estado lisérgico de transmitir que tudo está bem. Belíssima máscara que só os fracos e sem afeto caem. Mas para mim, tudo não passa de insegurança e tristeza. Sei que são fases. Tanto eu como você que lê esse caos, sabe do que estou falando e se tens um pingo de paixão no corpo, sentirá por Joana.

Posso ajuda-lá. Posso fazer com que ela minimize o passado e concentre no presente, tentando achar uma nova razão de seguir em frente, descobrindo alguém pontual. Que há faça sorrir da mesma maneira quando sorriu delicadamente naquela tarde de sol a caminho do outono, ao acender seu cigarro. Naquele instante percebi seu caos. Naquele instante percebi seu olhar. Naquele instante continuei acompanhando seus passos pelas sombras das copas dos flamboyants que preenchem minha vida com bem estar.

Calma que o tempo passa.

4 Comments:

At 05 abril, 2006 23:12, Anonymous Anônimo said...

Bom final. Precisa melhorar o meio. Mas esta é apenas a MINHA opinião.

 
At 07 abril, 2006 11:44, Anonymous Anônimo said...

Acho que tem alguem relendo uns emails de desabafo e confissões de fraqueza... me identifiquei com a Joana!
Muito bom o texto, Mr. Brightside!

 
At 29 abril, 2006 00:06, Anonymous Anônimo said...

Oi, Vaks.
Gostei de descobrir o seu blog! Esse texto e o Suor são mto interessantes.
Parabéns!
Bjo,
Jana

 
At 24 maio, 2006 20:05, Anonymous Anônimo said...

"Como a fina areia que se escapa entre as mãos , foi se olhar no espelho numa noite de sexta -feira" .
Gostei do texto, este trecho, especialmente, achei otimo. Afinal, toda mulher tem seus devires Joana.
bjs, Gabi

 

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