O sumiço rimado
Ora vejam só, deixado de lado
Numa noite quente verão.
Não teve pena, muito menos dó.
O rapaz que passava ao lado reparou o acaso,
Pediu dois chopes e um trago,
Sentou do lado da morena bacana
E disse em bom e alto tom:
Esse drinque, disse ele, deixa que eu pago.
Ela sorriu agradecida, muito satisfeita com o galanteio.
Mas foi nesse momento que o loiro alto que vinha do banheiro,
Olhou estupefato para cena e interveio.
Mulher minha!, bradou alto, eu cuido direito.
Por isso levante dessa cadeira e siga seu caminho.
Ao olhar em volta, a reprovação de todos,
Pediu desculpas e saiu de fininho.
Todos riram da cena presente.
Não se importando, nem sobre o que o rapaz sente.
O garçom chegou apressado para intervir,
Usando de toda sua malemolencia.
Eu, que estava sentado num canto, estupefato,
Tentei captar aquela essência,
Para assim entender, o real motivo da facada.
Mas como nessas horas, a voz sai embargada,
Achei melhor não dizer nada e sair a jato.
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