Mudanças coloridas
Das grandes janelas do auditorio podia ver as arvores floridas de uma primavera atipica. Sem mais o que pensar entrou pela porta rumo a escuridão que o esperava.
Chegando lá, percebeu que nada via. E desse nada, quis afogar-se. Ao invés disso, uma mão foi lhe estendida. Mas no escuro nada via. Então a mão o tocou. Bruscamente o levou a uma sala, um pouco mais iluminada que a escuridão. Porem nessa sala de um cinza escuro, tambem nada via. E por defesa, tambem quis afogar-se. Prendeu a respiração e fechou os olhos. De novo, a escuridão da primeira sala.
Empurrando, o nada para deixa-la, foi puxado novamente. Bruscamente, foi jogado a uma outra sala. Levantou-se com dor na costas e nos braços. Esfregou os olhos e a nova sala de cinza passou para um cinza chumbo. Ainda era escuro porem avistava algo. Via vultos, casas e arvores. Nunca pediu aquilo e fechou os olhos. Implorava pela escuridão. Apertou o nariz e quis afogar-se. Ainda não escutava nada. Mas na sala cinza, algo se tornava roxo. E , uma mão levemente o tocou. Abriu os olhos para ver o que era e, como num segundo, caiu numa sala cinza clara.
Refazendo-se de mais uma brusca viagem, avistou vultos mais nitidos, casas com jardins e arvores floridas. Caminhou um pouco, porem a sala não era grande e ficou preso a suas medidas. Quis empurrar a parede transparente mas já não tinha forças. Socava a parede para ver se alguem o escutava. Antes de socar pela ultima vez, uma mão o segurou e, num segundo, foi arremesado a outra sala.
Deitando no chão, com o corpo todo doendo, abriu os olhos e a claridade emanava, de uma forma que o cegava. O que adiantaria a claridade senão se enxergava. Implorou pela escuridão novamente. Sua prece não foi atendida e com as mãos sobre os olhos caminhou. Por horas esteve caminhando com os olhos fechado. Começou entnao a acostumar-se com aquilo. A partir de agora imaginaria tudo que gostaria. Assim a vida se tornaria mais bela e pura. Sabia que talvez toda aquela claridade nunca cessaria. Mas a sua vontade de viver atraves de seus proprios sentimentos e discernimentos bateu mais forte. E quando pensava na figura mais encantadora de sua vida, uma mão o tocou levemente. Sabendo que seria novamente tragado, tomou coragem e tirou as mãos do rosto. Abriu os olhos e viu nitidamente o vulto a sua frente. Mas desta vez nada o puxou. Ouviu o barulho do vento, dos passaros e sentiu o cheiro de terra. Sorriu pela ultima vez e caiu para sempre na imensidão desconhecida.
Empurrando, o nada para deixa-la, foi puxado novamente. Bruscamente, foi jogado a uma outra sala. Levantou-se com dor na costas e nos braços. Esfregou os olhos e a nova sala de cinza passou para um cinza chumbo. Ainda era escuro porem avistava algo. Via vultos, casas e arvores. Nunca pediu aquilo e fechou os olhos. Implorava pela escuridão. Apertou o nariz e quis afogar-se. Ainda não escutava nada. Mas na sala cinza, algo se tornava roxo. E , uma mão levemente o tocou. Abriu os olhos para ver o que era e, como num segundo, caiu numa sala cinza clara.
Refazendo-se de mais uma brusca viagem, avistou vultos mais nitidos, casas com jardins e arvores floridas. Caminhou um pouco, porem a sala não era grande e ficou preso a suas medidas. Quis empurrar a parede transparente mas já não tinha forças. Socava a parede para ver se alguem o escutava. Antes de socar pela ultima vez, uma mão o segurou e, num segundo, foi arremesado a outra sala.
Deitando no chão, com o corpo todo doendo, abriu os olhos e a claridade emanava, de uma forma que o cegava. O que adiantaria a claridade senão se enxergava. Implorou pela escuridão novamente. Sua prece não foi atendida e com as mãos sobre os olhos caminhou. Por horas esteve caminhando com os olhos fechado. Começou entnao a acostumar-se com aquilo. A partir de agora imaginaria tudo que gostaria. Assim a vida se tornaria mais bela e pura. Sabia que talvez toda aquela claridade nunca cessaria. Mas a sua vontade de viver atraves de seus proprios sentimentos e discernimentos bateu mais forte. E quando pensava na figura mais encantadora de sua vida, uma mão o tocou levemente. Sabendo que seria novamente tragado, tomou coragem e tirou as mãos do rosto. Abriu os olhos e viu nitidamente o vulto a sua frente. Mas desta vez nada o puxou. Ouviu o barulho do vento, dos passaros e sentiu o cheiro de terra. Sorriu pela ultima vez e caiu para sempre na imensidão desconhecida.
Marcadores: conto
5 Comments:
Que bom que voltou a publicar aqui!
Beijos
Que bom que voltou a publicar aqui!
Beijos
Toda imensidão é
Feita de pedaços pequenos
Tocáveis
Domáveis
Como o amor
Gente
Lugar
Que bom te ler.
Bonjour, naexpectativa.blogspot.com!
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